2015, O ano da cautela e Gestão Consciente

26/07/2016 às 9:15 - Atualizado em 26/07/2016 às 9:16

José Hélio Fernandes é presidente da NTC&Logística

ano de 2015 apresenta novos e antigos desafios, ou melhor, desafios constantes. No setor de cargas, considerando que mais de 60% do que se transporta no Brasil é feito sobre rodas, a luta pela melhoria de infraestrutura é, e sempre será, tema atual.

Quando falamos em melhorias, falamos de maneira global: de pavimentação, recuperação e modernização das rodovias e construção de novas para suprir as necessidades crescentes; reformulação da malha ferroviária; viabilização do modal hidroviário e a melhoria de portos e aeroportos. Os ajustes na economia não podem servir de justificativa torta para paralisar iniciativas nesse sentido.

Pelo contrário, o investimento em infraestrutura, seja pelo poder público, seja pela iniciativa privada ou por ambos, tende a ser o novo motor de recuperação e crescimento econômico de nosso País, como aconteceu na China, por exemplo. A NTC tem dado atenção também em outras frentes; isso inclui  a flexibilização da Lei 12.619, o acompanhamento sobre os índices de evolução de custos, em especial aqueles que foram agregados pelas medidas governamentais recentes e que tem forte impacto, como: PIS/COFINS, combustíveis,  MP do auxílio doença;  o estudo e acompanhamento de medidas para combate ao roubo de cargas e muitas outras discussões importantes para o transporte, como foi a desoneração da folha de pagamento em 2014.

Medida que proporcionou a redução dos custos de colaboradores das empresas do setor sem nenhum prejuízo ao trabalhador, com reflexo na situação financeira das companhias e que permitiu a formalização e o aumento do emprego no transporte rodoviário de cargas.

Outra área que tem merecido nossa especial atenção é a das medidas voltadas para a regulamentação do TRC como, por exemplo, o recadastramento e registro da frota, que permitirão uma radiografia mais assertiva e, assim, discussões ainda melhor fundamentadas que contribuam com o desenvolvimento positivo do setor.

Todo esse trabalho tem como objetivo preparar o terreno para que o transporte brasileiro se torne cada vez mais saudável economicamente para o País. Todavia, um fator é determinante para que essa conta feche: a saúde tarifária das empresas.

É preciso que os fretes ofertados sejam coerentes com os custos apurados, sem jamais negligenciar um processo de gestão consciente, voltado para a qualidade em todos os processos. Fechar os olhos para isso, especialmente em um cenário de retração econômica, pode ser fatal. Essa discussão é uma pauta permanente e prioritária para a própria NTC e, evidentemente, para todo o empresariado de transportes.