Ônibus híbrido: entenda essa tendência para os próximos anos

04/02/2019 às 10:02 - Atualizado em 08/02/2019 às 8:22

Os veículos elétricos estão ganhando cada vez mais importância, não só no cenário mundial, mas também no Brasil. E uma das principais consequências desse movimento são os ônibus híbridos, capazes de emitir 90% menos poluentes que os tradicionais.

Nesse tipo de coletivo a partida é dada por meio de diesel e depois é utilizado um motor elétrico para a sua locomoção. Esse modelo já é muito utilizado em diversos países e nos próximos anos deve ser barateado e popularizado aqui no Brasil.

Mas para que tudo funcione da melhor forma, é necessário alinhar o incentivo do Poder Público com as fabricantes e também as transportadoras e rodoviárias. Assim, serão criadas as bases para esse tipo de transporte cresça e se torne importante no país.

Por que utilizar ônibus híbridos?

Os ônibus e veículos tradicionais geralmente são movidos pela gasolina e pelo diesel, dois combustíveis fósseis. Por essa razão, ambos não são renováveis e devem acabar um dia, o que torna necessário a busca por alternativas.

Além disso, os modelos tradicionais de combustível emitem substâncias prejudiciais ao planeta e também às pessoas, causando até mesmo casos de câncer no pulmão e outras graves doenças

Por outro lado, os ônibus híbridos são movidos, em geral, por eletricidade, que é renovável e também inofensiva às pessoas e ao meio ambiente. Além disso, os ônibus híbridos são mais duráveis, o que evita o descarte desnecessário de peças em locais inadequados.

Ônibus híbridos pelo mundo

Os ônibus híbridos já deixaram de ser novidade em muitos países europeus. Atualmente, em diversos locais, já existem leis que preveem a extinção do uso de combustíveis fósseis e o incentivo aos alternativos, como a energia e o biodiesel.

Além disso, os próprios motoristas são estimulados e possuem benefícios para a compra de automóveis movidos à energia. Na Noruega, por exemplo, cerca de 52% de todos os veículos novos vendidos no ano passado foram elétricos ou híbridos, uma verdadeira marca para o país e para o planeta.

Outro fato importante é que os ônibus foram a forma encontrada pelos governos europeus para estimular os veículos elétricos. Prova disso é que dos 725 mil ônibus que circulam hoje no continente, cerca de 2,5 mil já são elétricos.

Já os países com mais veículos elétricos, segundo o Instituto Internacional de Energia (IEA), são a China com 648 mil e os Estados Unidos com 563 mil automóveis renováveis. O país asiático é justamente o principal expoente do transporte de pessoas com essa nova tecnologia:  cerca de 95% dos 120 mil ônibus híbridos vendidos no mundo em 2017 estão na China.

Ônibus híbridos no Brasil

No Brasil já existem diversas iniciativas e projetos, tanto de veículos como de ônibus movidos por energia. Há quase dez anos, a Volvo produz chassis de ônibus híbridos, sendo a responsável por diversos modelos da frota municipal na cidade de Curitiba.

Para incentivar um sistema elétrico de ônibus no Brasil, a maior fabricante mundial do setor, a BYD, desembarcou no país e criou uma fábrica em Campinas, São Paulo. Atualmente, a empresa já produz também baterias e automóveis de uso privado.

Medidas governamentais

Além do avanço na tecnologia, são necessários incentivos do poder público. E aos poucos essas ações estão sendo tomadas visando desenvolver os ônibus e os automóveis elétricos no Brasil.

Em 2017, o governo reduziu o Imposto de importação dos elétricos para apenas 2%, viabilizando a compra da tecnologia. Além disso, o IPI também deve ser reduzido para 7%, com uma equivalência das alíquotas desses veículos híbridos e elétricos às de um carro flex 1.0.

Todas essas medidas buscam incentivar a compra de veículos elétricos por parte da população no Brasil e também desenvolver a tecnologia que envolve os ônibus híbridos no país, renovando a frota de forma sustentável e vantajosa para todos.