Cummins reduz o ritmo para vencer a crise

26/07/2016 às 11:28 - Atualizado em 26/07/2016 às 11:28

Cummins reduz o ritmo para vencer a crise

Cummins reduz o ritmo para vencer a crise, aborta construção de nova fábrica e foca esforços na reposição para crescer até 4% este ano

Apesar das dificuldades de 2014, a Cummins conseguiu a façanha de crescer 10,98% e registrar faturamento de US$ 19,2 bilhões. Lógico, este é o balanço mundial da empresa porque no Brasil ela acompanhou a queda do mercado e regrediu a produção em 22,4%, todavia manteve a liderança com 28% de participação no mercado de caminhões.   

A diversidade de negócios e a administração por unidade de negócio foram as grandes defesas da companhia e salvaguarda no momento de crise. Para temperar a diversificação, investimentos pesados em tecnologia buscam a liderança na capacitação técnica em cada mercado em que atua.

Hoje a Cummins ainda mostra predominância dos motores em sua receita, 46% do total, mas outros segmentos já sobressaem com vigor, como o de componentes e distribuição, ambos com 21% de participação, e o setor de geração de energia tem uma fatia de 12%.

Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc. diz que a empresa repetirá o feito este ano e que deve crescer entre 2 a 4%. Para obter tal resultado, foram tomadas medidas duras: “Resolvemos abortar a fábrica de Itatiba definitivamente e investir na planta de Guarulhos para seu aperfeiçoamento e modernização”, adianta Pasquotto. 

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Na America do Sul o faturamento alcançou US$ 1,52 bilhão, 56% dele no Brasil, e os investimentos este ano devem chegar aos US$ 35 milhões. A unidade de motores global faturou US$ 11 bilhões com a manufatura de engenhos a diesel e gás natural de 2.8 a 95 litros e com potências de 49 cv até 5.100 cv. Os motores de até 15 litros representam 62% das vendas e os de alta potência, de 19 até 95 litros chegaram a 13% do volume. Os restantes 25% vem das vendas de peças e componentes. As unidades de negócio de Componentes e Distribuição faturaram US$ 5,1 bilhões e US$ 5,2 bilhões, respectivamente.

A produção no Brasil foi de 54.101 unidades, 22,4% menos que as 69.722 de 2013, mas sobram esperanças para este ano com a nacionalização dos ISF 2.8 e 3.8, o primeiro para os F series em 2016 e o 3.8 para chassis de ônibus, sem falar dos motores Tier 3 para máquinas de construção e os marítimos acima de 15 litros. “De qualquer maneira o equilíbrio deverá vir com o foco em manutenção e peças”.